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2ª temporada de The Umbrella Academy é ainda mais empolgante

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A primeira tempora de The Umbrella Academy foi um sucesso, trazendo para si os fãs dos quadrinhos de Gerard Way e também os curiosos com a nova produção da Netflix.

Um dos pontos fortes da série é sua criatividade em lidar com temas com os quais já estamos acostumados a ver e dar a eles uma nova roupagem: super-heróis, família disfuncional, viagem no tempo, fantasmas, e por aí vai.

Fora é claro o talento dos atores. Não poderíamos esperar menos de Ellen Page e Tom Hopper, os mais famosos, mas todos apresentaram ótimas performances, com destaque especial para Aidan Gallagher, o mais jovem do elenco (faz 17 esse ano) e que atuava numa série da Nickelodeon antes.

A primeira temporada terminou com os telespectadores se perguntando o que aconteceria depois? Eles não conseguiram impedir o apocalipse. Eles terão uma nova chance para reverter isso? E para onde eles foram?

Para o Texas dos anos 1960. Porém em diferentes anos. Com isso, os personagens precisam lidar a sua maneira com uma época diferente da deles, com resultados variados.

O interessante nesse arco é como os personagens interagem a sua maneira com essa época. Klaus, por exemplo, funda um culto. Allison começa a participa de um movimento pelos direitos dos negros. Luther passa a trabalhar para o gangster Jack Ruby. Vanya presencia o machismo vivido pela matriarca de uma família que a acolhe após ela perder a memória num acidente ocorrido após a viagem no tempo para fugir do fim do mundo.

Cinco, como na primeira temporada, coloca para si a missão de salvar sua família e impedir um novo apocalipse, dessa vez um na década de 1960, em que uma guerra nuclear arrasa com o mundo todo e seus irmãos morrem.

Temos ainda a volta da Gestora, além de novos personagens, como os suecos, agentes da Comissão, e também Lila, uma companheira que irá ajudar o grupo e que Diego conheceu após ser internado num manicômio.

Falando assim parece que teremos apenas o plot da primeira temporada reciclado numa nova roupagem, e até certo ponto é isso, mas também é mais. Temos um bom desenvolvimento dos personagens do Klaus, Allison, Diego, Vanya, e de Benjamin, que teve sua evolução como personagem limitada pelo fato de somente poder interagir com Klaus.

Luther e Cinco não evoluem muito quando comparados com a primeira temporada, mas mesmo assim não deixamos de simpatizar e nos importar com o grandalhão e com o menino de meias longas, que aliás, mais uma vez suga os holofotes para si.

O universo da série também é mais expandido, conforme conhecemos mais a Comissão e também o passado de de Hargreeves, o exêntrico milionário que adotou as crianças para começo de conversa.

A série também está espetacular em outros aspectos como direção, trilha sonora, cores, cenários, efeitos especiais, e a combinação perfeita de humor com drama e cenas de ação. Que dão à produção um ar de Douglas Adams e que eu, fã de Dirk Gently’s Holistic Detective Agency e Doctor Who, simplesmente amo.

A Netflix se dedicou bem na primeira temporada da série e manteve o nível. Agora é ver como será a terceira temporada, pois teremos um novo desdobramento e mistérios a serem solucionados.

Colunista: Walter Niyama é formado em Jornalismo pela ESPM-SP. Além do Nerdssauros também escreve para o Converge-Jornalismo. Também é autor de três livros publicados: O Mistério dos Suicidas; Guardiões de Sonhos – As Portas dos Pesadelos; e Anos Atrás – Uma História de Santiago Valentim.

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