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A Noite Longa! Análise (Contém Spoilers).

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O terceiro episódio da oitava temporada de Game of Thrones, é chamado de “The Long Night” ou em português A Noite Longa, sendo o episódio mais longo com 1 hora e 22 minutos, o episódio foi dirigido pelo britânico Miguel Sapochnik, o mesmo diretor conhecido por alguns dos melhores episódios da série segundo o IMDb, os episódios são:
The Gift (O Presente) com nota 9.1, HardHome (Casa dura) com nota de 9.9 The Battle of Bastards (A Batalha dos Bastardos) com nota 9.9 e por fim The Winds of Winter (Os Ventos do Inverno) também com nota 9.9 vale lembrar que até o momento A Noite Longa possui nota de 9.5.

Um episódio denso e cheio de carga dramática, toda a preparação para a batalha contra o exército de mortos-vivos do Rei da Noite muito similar e inspirado em Senhor dos Anéis (Aonde até o próprio diretor declarou beber desta fonte), tornava tudo mais angustiante, e sufocante, o episódio não segue muito diferente de Senhor dos Anéis: As Duas Torres, e ele divide a batalha em quatro pontos.

Daqui pra frente terão spoilers! Esteja avisado

O primeiro logicamente é a linha de frente, com todos os exércitos do Norte, os Emaculados e os Dothraki, liderados por Jorah na linha de frente e Brienne que lidera a parte do Norte, numerosos porém infelizmente não passaram de pedras no caminho do exército do temido Rei da noite, um dos pontos fortes deste momento é aparição de Ghost (Dire wolf) de Jon Snow, mas o episódio ignora esta participação e não se tem notícias de sua morte pois ele não aparece mais. Após a primeira derrota algumas guerreiros voltam e um deles sendo Sir Jorah, então aquele momento de angústia passa para desespero, pois os barulhos dos white walkers é extremamente perturbador, e tudo que enxergamos é apenas trevas. Até o avanço desenfreado do exército de mortos, para cima do exército do norte, e a chacina começa, e infelizmente um dos pontos baixos do episódio, pois era muito escura a imagem e com os efeitos de neve e fumaça acabava que você não sabia o que estava acontecendo (uma ótima jogada para economizar em CGI, e em figurantes) mas que pareceu ter saído de uma versão mal feita de um filme de Zack Snyder de tão escuro… Felizmente Daenerys e John utilizaram os dragões para iluminar um pouco a batalha e queimar os exércitos da Noite.

A segunda parte é focada em Daenerys e John Snow, Drogon e Rhaegal contra o Rei da noite e Viserion, novamente para economizar em CGI, grande parte das cenas eram cobertas por neblina, e acabava que a perseguição gerava mais aflição por não conseguir ver com nitidez o que estava acontecendo. Ela termina com o Rei da noite desviando a atenção dos dois, e indo em direção a Bran, onde tem dois momentos épicos no final, quando o Rei da Noite ergue o próprio exército de Jon Snow contra ele, e quando ele é alvejado pelo fogo de Drogon e não acontece nada a ele. E o Rei da Noite segue em direção ao bosque sagrado.

O terceiro ponto é focado Theon Greyjoy que protege Bran: após a entrada da legião de mortos em Winterfell, mesmo com todos os esforços de Melissandre em acender a trincheira enquanto Danny e John perseguiam o Rei da Noite, os mortos foram dominando winterfell até chegarem ao Represeiro do Bosque sagrado, e Theon em seu momento heroico, derrota uma onda de mortos para proteger Bran, uma sequência épica de luta, até que a horda para de avançar, para a chegada do Rei da noite, aonde Theon tenta ir no mano a mano contra ele, e não obtém sucesso e morre…

A quarta parte é focada em Arya, que se recusa ir a cripta e decide lutar, e acaba fazendo mais diferença que muita gente na guerra, com exército tomando a cidade Arya é encurralada diversas vezes, e é salva milagrosamente pelo Cão de Caça o que acabou resultando na morte de Beric Deldarrion, novamente são encurralados só que dessa vez com Melissandre, e faz referência a primeira temporada, com a frase “O que dizemos ao Deus da Morte?” e Arya responde com um hoje não, e sai para a lateral. mas pra frente próximo do final do episódio ela aparece voando em direção ao rei da noite, que a segura e na maior sacada ala “Soldado Invernal” solta a adaga e com a outra mão perfura o Rei da noite, e assim destrói o exército. uma pena ele não ter os reflexos do Capitão América.

O Episódio bebe de diversas fontes as cenas com fogo constantemente lembram Volcano, outra clara referencia a Guerra mundial Z aonde os whitewalkers escalam as muralhas, e a Madrugada dos mortos na cena em que Arya está encurralada com diversos whitewalkers, no contexto geral é um episódio muito bom, ele peca em alguns aspectos como soluções Deus ex Machina no roteiro: Como Lyanne derrotando o Gigante e morrendo, e Arya Surgindo do nada e derrotando o Rei da noite, e Jorah também aparecendo do nada para salvar Daenerys mas de fato as piores partes são as partes com a neblina intensa e penumbra, tudo para economizar no CGI.

Mortos no episódio: Edd Tollet, Lyanna Mormount, Beric Dondarrion, Theon Greyjoy, Jorah Mormont, Melissandre, Rei da Noite e seu exército.
Miguel Sapochnik, retorna a direção no penúltimo episódio da série, podemos esperar algo majestoso, talvez a batalha entre Cersei e o Norte.

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