Cinema

Especial 15 anos Sem Johnny Cash

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Johnny Cash é conhecido por ser um dos nomes mais importantes da música do século XX, sendo uma referência, influencia e personificação do country. Cantor, compositor, escritor, diretor e ator.

Conhecido por sua voz marcante com músicas brilhantes, Johnny como todo bom astro da sua geração tem uma história de tragédia, de superação, envolvimento com drogas e com a prisão.

A tragédia esteve presente logo no início de sua infância, um acidente no campo de colheita de algodão onde trabalhava, tirou a vida de seu irmão Jack de forma trágica. A semana que seguiu o acontecimento, foi marcada pelo sofrimento de seu irmão, que relatou em seus últimos momentos estar vendo o céu e os anjos. Mesmo depois de muitos anos Johnny dizia que encontraria seu irmão novamente, mas dessa vez no paraíso.

Johnny cantava desde sempre e começou a compor aos 12 anos, nessa época seu pai dizia que ele não chegaria a lugar nenhum com a música. Aos 18 passa a usar o nome John ao invés de JR já que o exército não permitia o alistamento de pessoas com apenas iniciais como nome. Nesse período no exército, enquanto servia na Alemanha, compôs Folsom Prison Blues uma de suas músicas mais famosas.

Após a sua dispensa ele se casa com sua primeira esposa, tem 4 filhas e estuda para ser locutor de rádio enquanto vendia aspiradores de pó. Mas como todo astro, a música nunca saia da sua vida, durante as noites tocava com outros músicos e tomava coragem para procurar as gravadoras.

Mesmo com uma recusa inicial de Sam Phillips da Sum Records por causa de suas canções do Gospel, Johnny acaba conquistando os donos da gravadora com suas canções e as gravações de Hey Poter e Cry Cry Cry. Já em outra gravadora nos anos 60 sua carreira decola trazendo junto seu vício em anfetamina. No fim da década, inicia a sua luta contra as drogas que foi longa e conturbada, indo de uma desintoxicação em casa com ajuda dos amigos e da esposa June Carter, até uma conversão religiosa que aconteceu depois de uma tentativa frustrada de suicídio.

Cash fica conhecido como o Homem de Preto por sempre estar usando preto em suas aparições, principalmente em seu programa de TV, The Johnny Cash Show de 1969 a 1971, uma estética bastante impactante e contrastante para o que era referência do mundo country da época, como chapéu, roupas claras e botas.

Pode parecer que a vida e carreira de Johnny Cash foi bem parecida com uma série de músicos e artistas que conhecemos, mas eu discordo, com todas as aventuras de uma vida pública, com todas as loucuras da cabeça de um típico artista e com as viagens comuns aos usuários de drogas, não foi nenhum desses fatos que encerram com a carreira de Cash, acho que podemos dizer que foi a idade, depois de uma carreira de quase cinco décadas, Johnny Cash faleceu aos 71 anos, por complicações com a diabetes, pouco tempo depois da morte de sua esposa que faleceu aos 73 anos por complicações de uma cirurgia do coração. Dizem os antigos que quando uma das pessoas de um casal se vai, o outro não aguenta a solidão e acaba indo junto!

Ainda em sua história Johnny Cash escreveu um livro autobiográfico, publicado em 1975, chamado Man in Black com 1,3 milhões de cópias vendidas na época, co-escreveu e narrou um filme sobre a vida de Jesus (The Gospel Road), além de estrelar especiais de natal na CBS. Em 1980 foi o mais jovem a ser indicado para o Hall da Fama da Música Country e na mesma época começa a participar como ator de alguns filmes televisivos: The Pride Of Jesse Hallam (1981), Murder In Coweta Country (1983).

Dois anos após seu falecimento, o filme Johnny e June (Walk the Line) foi lançado. O ator Joaquin Phoenix ficou com o papel de Cash e foi indicado ao Oscar de melhor ator e a atriz Reese Witherspoon com o papel de June Carter, ganhadora do Oscar de melhor atriz. Dirigido por James Mangold, trata-se de uma biografia filmada, uma bela sugestão para quem quer começar a entender um pouco mais do universo do fenômeno Johnny Cash!

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